A alta nos casos de infecção simultânea de pacientes pelos vírus da dengue e da chikungunya em Pará de Minas tem preocupado as autoridades de saúde. Apesar da baixa nos registros das doenças nos últimos dias, os dados são preocupantes.
Neste ano, o município teve 2.367 casos confirmados de dengue e 1.008 casos de chikungunya, e a presença das duas arboviroses simultaneamente em uma mesma pessoa, o que era raro, passou a ser registrado com frequência nas unidades de saúde.
A transmissão pode acontecer por um único mosquito infectado com as duas doenças, ou então, caso a pessoa seja picada por dois insetos diferentes.
O coordenador da Vigilância Ambiental, Douglas Duarte, ressaltou que o aumento desses casos é realmente preocupante, devido à gravidade da situação e do comprometimento do sistema imunológico.
Douglas Duarte
Douglas também ressalta que a recuperação, principalmente nos casos de chikungunya, é complicada e pode resultar em dores crônicas.
Douglas Duarte
Com a proximidade das chuvas e do período de sazonalidade das arboviroses, a Vigilância Ambiental já está realizando o mapeamento e a retirada dos materiais das áreas de maior risco de criadouros.
Para o mês de novembro está programado um novo Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti, o LIRAa. Ele é responsável pela apresentação de indicadores entomológicos, que permitem conhecer o número de focos do mosquito transmissor de dengue, chikungunya, zika e da febre amarela urbana.
As análises contribuem para a elaboração das ações de controle das arboviroses, com o levantamento sendo feito em toda a cidade ao mesmo tempo. Os resultados desejáveis do LIRAa ficam abaixo de 1%. Segundo Douglas, a cidade está com baixa incidência de focos, mas a situação pode mudar rapidamente.
Douglas Duarte
Ele reforça a importância da população também tomar medidas preventivas, chamando atenção para o fato de que muitos objetos acumulam água nos telhados, e pede um cuidado especial com lonas e caixas d’água.
Douglas ainda reforça a necessidade das pessoas receberem os agentes de endemias, já que o índice de casas fechadas chega aos 20%, o que prejudica o combate à dengue na cidade. Se o morador não estiver presente, é só agendar as visitas. Os agentes também trabalham aos fins de semana e fora do horário de expediente.
Foto: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM