Os pecuaristas de leite da região estão com boas perspectivas para o setor nos últimos meses de 2024. É que o preço do leite em Minas Gerais teve um aumento de 2,33% em setembro, ficando em uma média de R$2,87.
O clima dos meses anteriores, marcado pelas altas temperaturas e estiagens, impactou o crescimento da produção, que acabou subindo menos que o esperado. Já em setembro, houve uma reversão na tendência de queda no pagamento.
A Coopergranel está observando de perto as mudanças na produção. A entidade está animada com a chegada das chuvas e a alta no preço do leite, e a perspectiva é de que o valor do litro continue subindo nos próximos meses. É o que conta o diretor Milton Guimarães.
O movimento de alta no preço do leite também ocorreu em nível nacional. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço fechou a R$ 2,76 por litro na média brasileira, 1,4% acima do valor registrado no mês anterior, e 17,7% maior que o preço de um ano antes, em termos reais.
Até o início de agosto, as previsões do mercado apontavam reduções no preço do leite ao produtor neste terceiro trimestre. Por um lado, a produção de leite parecia estimulada pelo aumento da margem do produtor neste ano e, por outro, o consumo seguia condicionado aos preços baixos nas prateleiras.
Além disso, as importações, ainda em volumes elevados, pressionavam as cotações ao longo de toda a cadeia produtiva. Porém, a produção não cresceu como era esperado pelos agentes do setor.
Como a oferta não se recuperou conforme o previsto, os estoques de lácteos nas indústrias não foram repostos e a demanda tem se mantido firme. Com isso, os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro. Esse contexto deve sustentar e intensificar o movimento de alta nas cotações entre setembro e outubro.
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