A Polícia Civil de Pará de Minas confirmou que o medo de sofrer uma agressão foi o que levou o homem que cometeu crime de racismo a preferir a prisão. Depois de constatar a revolta popular nas redes sociais e de receber ameaças, inclusive, extensivas aos familiares, ele decidiu se entregar.
Trata-se do paraminense que gravou um vídeo, na cidade de Itaúna, chicoteando um morador de rua em troca de R$10,00. Além da violência física, ele ainda fez declarações vergonhosas e antes desse vídeo, já havia gravado outro com ataques racistas.
Diante da grande repercussão negativa, que até provocou a indignação de políticos, como a deputada Lohanna França e o senador Cleitinho, o agressor pediu ajuda das forças policiais.
O delegado Éderson Gonçalves da Silva, diretor da Regional de Segurança Pública de Pará de Minas, foi quem recebeu o agressor:
Éderson Gonçalves
Depois de ser ouvido, o agressor foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Itaúna, onde o inquérito vai tramitar. Doutor Éderson lamentou muito o episódio:
Éderson Gonçalves
E hoje, na cidade de Itaúna, acontecerá mais uma manifestação de protesto contra o ataque racista. Moradores e organizações não governamentais vão se mobilizar, agora pela manhã, no centro da cidade.
A vítima, cujo nome é Djalma, é um usuário de drogas muito conhecido entre os itaunenses. A manifestação antirracista terá sua concentração às 9 horas, em frente ao Bar do Sandoval, na Lagoinha, região central da cidade.
De lá os manifestantes seguirão para a praça Doutor Augusto Gonçalves. Os organizadores pedem que as pessoas se vistam de preto e levem cartazes, com manifestações antirracistas. No local, haverá discussões sobre o descaso com a saúde mental, pessoas em situação de rua e antirracismo.
Foto: Arquivo Jornalismo/Rádio Santa Cruz FM