O 1º de dezembro é conhecido como o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. A campanha objetiva mobilizar a população na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Além disso, o movimento busca desmistificar a doença, evitando o estigma e a discriminação, que são dois dos principais obstáculos para a prevenção, tratamento e cuidado em relação ao HIV.
A Aids é a doença causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, o HIV. Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças.
Pessoas vivendo com o vírus ou que desenvolveram a doença e que não estão em tratamento ou mantém a carga viral detectável podem transmitir a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde, entre 2010 e 2024, Pará de Minas teve 179 notificações de casos de portadores do vírus HIV e 94 pessoas que desenvolveram a AIDS.
Segundo a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Karina Merlin, o número de casos tem crescido na cidade, embora possa haver subnotificação, já que grande parte da população não realiza a testagem.
O teste rápido é gratuito e disponível para todo o público em qualquer unidade de saúde, sem agendamento prévio e sem demais critérios. É importante que a testagem seja pelo menos uma vez ao ano.
Grupos prioritários são aconselhados a fazer o exame pelo menos semestralmente. São eles os hipertensos, diabéticos, maiores de 40 anos, gestantes, e população considerada vulnerável, como privados de liberdade, pessoas em situação de rua e público lgbtqiapn+.
Em caso de resultado positivo, o profissional de saúde realiza o exame de sorologia para HIV, necessário para confirmar o diagnóstico. Com a confirmação, o paciente é referenciado para Serviço de Assistência Especializada (SAE) / Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Divinópolis, onde ele passa por uma consulta com um infectologista e demais profissionais de saúde.
O atendido recebe a primeira medicação para o início do tratamento, a prescrição médica para a continuidade, pedidos de exames de acompanhamento. A continuidade do acompanhamento é feito na UBS próxima a residência do paciente. Todo o tratamento é gratuito e custeado pelo SUS.
Karina reforça que todas as unidades de saúde estão preparadas para atender e acolher o paciente diagnosticado com o HIV.
A enfermeira comentou que, seguindo todos os tratamentos indicados, é possível ter uma qualidade de vida normal após o diagnóstico.
A Secretaria Municipal de Saúde realiza não só no dia Mundial de Luta Contra a AIDS, mas durante todo o ano, ações de promoção à saúde, incentivando que toda a sociedade faça o teste rápido.
Mas a prevenção é sempre o melhor remédio. O uso de preservativo em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para evitar a transmissão do HIV e também de outras ISTs. Outros métodos preventivos adotados pela rede pública de saúde são medicamentosos, com a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) e profilaxia pós-exposição de risco (PEP).
Fotos: Campanha Ministério da Saúde e |Reprodução