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Construção civil comemora bons resultados, mas falta de mão de obra preocupa

18/12/2024

O setor da construção civil tem comemorado os bons resultados de 2024, sendo um dos setores que mais cresceu ao longo do ano no Brasil. A alta chegou a 4,1% e as expectativas para 2025 são de mais crescimento, com previsão de 2,3%. Os dados são do relatório “Desempenho da Construção Civil em 2024 e Perspectivas para 2025”, feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

O bom rendimento, que influenciou toda a cadeia produtiva do setor, se deve a fatores como o aquecimento do mercado imobiliário; obras em função do ano eleitoral; dinamismo do mercado de trabalho; e melhor desempenho da economia brasileira. O consumo dos materiais também cresceu, impulsionando vários setores, como é o caso do cimento, que teve uma alta de 4% nas vendas, com um consumo de 60 milhões de toneladas do material, de janeiro a novembro. 

Em Pará de Minas o cenário não é diferente. Segundo o assessor de base do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Mobiliário, José Roberto de Sousa, a entidade vem trabalhando para alinhar medidas que fortaleçam o mercado, conciliando os benefícios para empregador e funcionário:

José Roberto  

No entanto, o setor vem enfrentado a escassez de mão de obra qualificada, sendo um cenário desafiador para o setor, que convive com uma ameaça de “apagão” dos profissionais capacitados. 

Além do envelhecimento nos canteiros de obras, a migração dos profissionais para os setores de tecnologia e transporte tem dificultado a contratação e as consequências podem levar ao encarecimento da construção civil.

Mesmo tendo um dos maiores salários de entrada, José Roberto destacou que existirem diversos postos de trabalho disponíveis, mas não há trabalhadores suficientes para preenchê-los: 

José Roberto  

Em dez anos, o custo de mão de obra na construção civil no Brasil subiu 69%, de acordo com o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi). 

Dentre as categorias com maior escassez, o pedreiro lidera a lista, sendo citado por 27% de quem participou do levantamento. Servente e carpinteiro são outras modalidades citadas. 
Segundo o IBGE, a construção civil emprega atualmente quase 3 milhões de pessoas. 

Foto: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM



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