Não está fácil para o pedestre andar pelas ruas de Pará de Minas. Seja no centro da cidade ou nos bairros, a situação vai se complicando por vários motivos: trânsito acelerado, passeios esburacados e, ultimamente, também pela quantidade de fios soltos nos postes.
A fiação em desuso, ao invés de ser retirada pelas operadoras de telefonia e outros prestadores de serviços, tem caído nos passeios com frequência e provocado acidentes com pedestres.
Na manhã do último sábado, uma dona de casa levou um tombo na rua Ricardo Marinho, no bairro São Geraldo. Não precisou ser hospitalizada, mas sofreu várias escoriações, o que revoltou bastante a família.
A repercussão foi imediata, provocando várias manifestações de protesto por parte de populares, todos cobrando ação urgente do poder público, afinal Pará de Minas tem uma lei municipal que proíbe essa situação:
A lei municipal que proíbe os fios soltos nos postes foi aprovada na Câmara Municipal há cerca de três anos, mas nunca foi aplicada. A justificativa da Prefeitura de Pará de Minas é que o reduzido número de fiscais impede a fiscalização.
Muitos culpam a Cemig, mas a empresa informou que tem notificado as empresas de telecomunicações para regularizarem o cabeamento, mediante a retirada dos fios soltos, acontece que a solicitação não é atendida.
A Cemig informou ainda que, com exceção das situações emergenciais ou em casos de risco, seus funcionários não tem autorização para intervir na fiação das empresas, sejam elas, de telefone, internet ou tv a cabo.
Agora quanto ao risco de choque elétrico, preocupação de muita gente, a Cemig deixa claro que ele não existe, uma vez que os fios soltos não conduzem eletricidade.
O problema está na fibra de vidro, que é um material cortante. É como se fosse uma linha de cerol, daí a facilidade de ferimento dos pedestres que acabam se enroscando neles.
Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM