Só não virou caso de polícia porque a mulher, extremamente constrangida, conseguiu controlar a ira do marido. No entanto, a situação provocou desconforto entre as testemunhas que, por pouco, não reagiram à grosseria. Estamos falando de uma situação acontecida em um grande supermercado de Pará de Minas. No caixa, marido e mulher começaram a discutir por causa dos números que apareciam na tela assim que a atendente registrava os itens.
Nervoso, ele tentava retirar algumas mercadorias, enquanto ela falava da necessidade de mantê-las, por serem de primeira necessidade. De repente ele aumentou o volume da voz, chamando atenção de outros clientes. Com os olhos cheios d’água, a esposa então afastou alguns produtos e pediu calma.
Até a atendente se assustou com a cena, demonstrando nervosismo, e depois contou ao Jornal da Manhã que situações parecidas, embora menos constrangedoras, têm acontecido no supermercado. A origem do problema está na perda acentuada do poder aquisitivo do trabalhador. Cada vez que sai às compras, o consumidor leva menos produtos e paga mais caro.
E no caso dos supermercados a situação é pior, porque a maioria só tem levado o essencial, mesmo assim o dinheiro não dá. A psicóloga Ana Gabriela Araújo foi uma das pessoas que ficou sensibilizada com a situação do casal e, através do Jornal da Manhã, deixa uma dica importante às famílias. Antes de sair de casa as prioridades devem ser decididas. Já no estabelecimento comercial, a calculadora deve ser acionada. É o que ela define como compra inteligente:
Por mais difícil que seja conciliar as despesas com o orçamento familiar, Ana Gabriela defende que conflitos em torno das compras não podem acontecer:
E vale também aquela velha dica de que gastar a sola do sapato cansa, mas ajuda a fazer uma boa economia, possibilitando a aquisição de itens que, em princípio, seriam cortados da lista.