É grande a repercussão do anúncio feito pelo Colégio São Francisco de que está deixando o prédio da rua Capitão Teixeira, no centro de Pará de Minas, onde atuou por 30 anos.
A polêmica em torno do assunto durou muito tempo, pelo fato do imóvel pertencer ao município. O São Francisco tinha apenas a cessão de uso e o prazo venceu em dezembro. Desde então, a classe política vinha cobrando a desocupação do imóvel.
O caso ganhou novos desdobramentos com o interesse do empresário Daniel Oliveira, o Daniel da Sucata, em adquirir o colégio. Mas apesar das longas conversações, o negócio não foi fechado e o São Francisco buscou a parceria do Colégio Apogeu, que absorveu a maior parte das turmas dos ensinos infantil, fundamental e médio.
Já os cursos técnicos, continuarão sendo oferecidos pelo Colégio São Francisco, no turno da noite, só que no novo endereço, que é a sede do Apogeu. O assunto foi um dos mais comentados ontem, com parte da comunidade aliviada pela solução, que não vai trazer prejuízos para os alunos.
A repercussão também continua forte nos meios políticos, uma vez que a maioria acredita que o prédio da Capitão Teixeira terá melhor utilidade se absorver repartições públicas, reduzindo o número de alugueis pagos pela prefeitura.
Daniel da Sucata também ficou satisfeito com a solução encontrada. Ele acompanhou de perto a situação do São Francisco, porque seus filhos estudavam lá. O empresário passou a pensar na possibilidade de adquirir o colégio depois de conversar com amigos que trabalham no setor educacional.
E a partir daí, segundo ele informou ao GRNews, tomou a decisão de se inteirar de toda a situação, conversando inicialmente com a diretoria e depois com a prefeitura, propondo pagamento de aluguel e reforma do prédio antigo, enquanto construía a nova sede do colégio em imóvel de sua propriedade.
Mas o entusiasmo dele começou a diminuir devido a duas situações. A primeira, referente à questão financeira e a outra, devido ao prazo muito curto que ele teria para tomar tantas providências.
A proposta de Daniel era de reformar o prédio e pagar aluguel por alguns anos, mas a avaliação da prefeitura foi superior às suas previsões:
O prazo curto que o empresário teria para tomar outras medidas, incluindo atender às exigências do Corpo de Bombeiros – o que lhe custaria mais R$100 mil – também foi desanimador. Ele buscou alternativas, mas também não encontrou:
Daniel da Sucata não informou se futuramente ainda pretende investir no meio educacional, como forma de diversificar os negócios.