Sem receber pela prestação de serviços desde o mês de novembro, 27 motoristas terceirizados pela Secretaria Municipal de Saúde fizeram uma paralisação na manhã de ontem. O manifesto aconteceu na porta do Ambulatório Médico (AME), do bairro Senador Valadares, chamando atenção de todos que estavam no local.
Os motoristas foram contratados através da empresa Avante, que é uma prestadora de serviços do Consórcio de Saúde Icismep. Durante um longo período eles reivindicaram o pagamento firmado em contrato, mas os atrasos continuaram, dificultando muito a situação deles.
A gota d’água se deu pela dificuldade de acesso a algum dos representantes da empresa. E na medida em que a falta de dinheiro para manter as despesas operacionais aumentava, a revolta cresceu. A paralisação ganhou força nos últimos dias:
Contratado por alguns dos manifestantes, o advogado Gustavo Rios alegou que a única maneira deles serem ouvidos foi mesmo através do protesto desta quinta-feira. E, de fato, a situação avançou, porque já existe uma perspectiva de pagamento da dívida para a próxima semana:
O secretário municipal de Saúde, Gilberto Denoziro, também compareceu ao local e conversou com os manifestantes. Ele já tinha ouvido falar da possibilidade da paralisação, por isso montou uma força-tarefa com a própria frota da prefeitura.
Segundo Denoziro, todos os pacientes foram transportados normalmente ontem, sinal de que a greve dos terceirizados não prejudicou a rotina do transporte dos pacientes que recebem atendimento em outras cidades. O secretário chegou, inclusive, a mencionar a possibilidade de acabar com a terceirização:
Os detalhes da negociação com o Icismep, não foram divulgados. No entanto, o secretário de Saúde confirmou que a situação será resolvida em breve. Já o prefeito Inácio Franco anunciou que vai priorizar, por enquanto, apenas as dívidas de seu mandato.
No caso específico dos motoristas terceirizados, isso significa que eles receberão primeiro o pagamento referente aos 15 dias de janeiro. Ele também manifestou a intenção de acabar com a terceirização na saúde pública municipal:
E pelo que já foi comentado, os 29 médicos terceirizados que trabalham nas UBS’s também ameaçam fazer greve na próxima segunda-feira, caso seus honorários não sejam pagos. Também neste caso, segundo o prefeito, vai prevalecer a quitação dos serviços prestados neste mês de janeiro.