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PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE


Além do preço alto, a falsificação: café ‘fake’ assusta o consumidor

08/02/2025

Quem não abre mão de um cafezinho já está sentindo no bolso o impacto da alta nos preços. A compra do café virou uma dor de cabeça para muita gente porque, dependendo da marca, ele está custando mais de R$50,00 o quilo. 

A saca de 60 quilos do grão pago aos produtores encareceu 152% no Brasil. Em fevereiro do ano passado a cotação estava em R$1.041,00 e agora subiu para R$2.565,00.

O mercado ainda projeta novos aumentos para o café. A pressão sobre o produto tem relação direta com os períodos de estiagem prolongada, ocorridos em 2023 e 2024. A fase crítica sem chuvas regulares é considerada uma das mais duradouras da história, trazendo grande impacto para a cafeicultura.

Outro fator que contribuiu para a elevação dos preços é que além da seca, tivemos temperaturas mais altas, o que também ocasionou queda de produção, tanto em Minas Gerais como no Brasil, estimada em quase 5%.

Diante desse cenário, a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) defende um auxílio do governo federal para amenizar o impacto dos preços. Seria um benefício que, na ponta, recairia sobre o consumidor final.

Agora, como se não bastasse o preço nas alturas, o consumidor precisa ficar atento a outra situação – a falsificação dos produtos. Isso mesmo. Bastou o café disparar nos preços do mercado mundial, para que os ‘espertos’ abrissem o mal caminho.

Estamos falando do ‘café fake’, que já chegou a alguns pontos do varejo nacional. Tanto o governo como os supermercadistas foram alertados sobre a entrada no comércio de produtos com sabor artificial processados com intuito de enganar o consumidor.

Um pacote de galhos, folhas e cascas de café, tudo moído, sem nenhum grão de café misturado, mas com sabor artificial, já foi encontrado circulando em embalagens bonitas e com destaque chamativo, que diz assim: Bebida Sabor Café.

A embalagem desse produto não tem nenhum selo de garantia. O preço está abaixo de R$15,00, o pacote de meio quilo, e chama atenção principalmente dos consumidores mais apressados, que não têm o hábito de ler com atenção as informações do produto.

Chocolate também subiu

Além do café, outro produto que tem registrado aumento expressivo é o chocolate, que terminou 2024 com recorde nos preços. Nenhum produto agrícola subiu tanto quanto o cacau no mercado mundial, que foi a estrela do ano na agricultura — os preços aumentaram 135% em 2024.

E é bem provável que os produtos na base de chocolate fiquem ainda mais caros agora, diante da proximidade da Páscoa. A perspectiva de aumento, inclusive, já está sendo sinalizada pelas lojas do ramo.

O maior destaque vai para as categorias sem açúcar, que já são tradicionalmente conhecidas pelos valores mais elevados. 

Os preços do cacau também vêm subindo muito por causa dos desastres climáticos nas áreas de cultura de Gana e Costa de Marfim, responsáveis por mais de dois terços da produção mundial do fruto.

A consequência imediata para o Brasil, que perdeu a liderança mundial, é o estímulo à expansão da produção com reflexos na agricultura de pequenas cidades do Sul da Bahia e das margens da rodovia Transamazônica, no Pará. 

Foto ilustrativa: Reprodução ArturoAez220 (pixabay.com)



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