Em pouco mais de quatro meses desde a proibição de cigarros nas unidades prisionais de Minas Gerais, as forças de segurança têm percebido o aumento crescente de tentativas de entrada de um novo material ilícito nas cadeias – o fumo.
Dados divulgados pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública apontam que mais de mil pacotes de fumo foram apreendidos nas penitenciárias desde setembro do ano passado, quando entrou em vigor a proibição.
A realidade da Pio Canedo em Pará de Minas não é diferente. Por aqui, o cigarro está proibido há oito meses, para facilitar o período de adaptação, e as tentativas de entrada do fumo, acondicionado em sacos plásticos, não param de crescer.
O cigarro de palha também tem ganhado a preferência de quem tenta enganar a segurança do presídio. Já os cigarros de papel são pouco vistos, porque costumam molhar. O diretor do presídio, Marcelo Barbosa, também já identificou o modo de agir da maioria das pessoas que tenta ingressar com esse material na Pio Canedo:
Na maioria dos presídios mineiros, as tentativas de ingressar o fumo acontecem por meio de arremessos feitos da parte externa. Mas na Pio Canedo essa situação não acontece:
O diretor Marcelo Barbosa também informou que muitos presos deixaram de fumar, ajudados pelo processo de desmame e de uma terapia medicamentosa. Com isso, eles passaram a ter mais saúde, enquanto o presídio ganhou mais segurança:
Quando o visitante é flagrado com cigarro ou o próprio fumo, ele recebe suspensão de 180 dias. E havendo reincidência, poderá receber proibição definitiva de voltar à Pio Canedo. Além disso, terá que responder a processo criminal.