O desaparecimento da mão de obra no Brasil, em diversos setores da economia, tem preocupado muitos empresários e especialistas, que apontam uma série de fatores que contribuem para essa crise. Seja para trabalhar nos supermercados, na indústria ou na prestação de serviços, encontrar um bom funcionário tem sido tarefa difícil para os contratantes.
Um dos principais motivos é a mudança nas expectativas dos trabalhadores. As novas gerações buscam emprego, qualidade de vida e propósito nas atividades que desempenham, e por isso não aceitam qualquer tipo de atividade.
Os efeitos da pandemia de Covid-19 também aceleraram a transformação do mercado de trabalho, fortalecendo os modelos híbridos ou totalmente remotos, fazendo com que muita gente optasse por trabalhar em casa mesmo.
Mas o que poucos levam em consideração é o envelhecimento da população e o encolhimento das famílias. Os profissionais continuam se aposentando, enquanto o número de jovens aptos a ingressar no mercado, não consegue repor as perdas na força produtiva.
O comerciante Márcio Outúlio dos Santos, do setor da construção civil, tem observado o cenário com preocupação. Ele reconhece que o encolhimento das famílias vai reduzir, ainda mais, o número de jovens e adolescentes disponíveis:
Existem também os que criticam a política de auxílios financeiros concedidos pelo governo federal, entendendo que a ajuda financeira estaria desestimulando a procura pelas vagas de trabalho.
Diante destes desafios, algumas empresas têm recorrido a estratégias como aumento salarial e a criação de benefícios adicionais, além da redução de carga horária para atrair novos talentos.
Fotos Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e ilustrativa reprodução MatteoPhotoPro2020 (pixabay.com)
