Os pombos que vivem na praça Torquato de Almeida, no centro de Pará de Minas, se tornaram um problema sério e de difícil solução. Centenas de aves passam os dias empoleiradas nas marquises, fios de energia e na cobertura do Camelódromo.
Há vários anos que os órgãos ligados ao meio ambiente tentam encontrar uma solução, diante do alto risco de proliferação de doenças que são transmitidas pelos fungos que estão presentes nas fezes dessas aves.
Várias estratégias já foram testadas sem muito sucesso e a única forma encontrada para tentar amenizar o quadro, foi de conscientizar a população no sentido de evitar alimentar as aves. Sem comida, elas buscariam outro local para viver. Acontece que várias pessoas insistem em continua alimentando os pombos todos os dias.
A intenção é boa, mostrando preocupação com eles, mas populares não têm dimensão do risco desta prática. Nossa reportagem flagrou o momento em que o jovem Glauber de Araújo, funcionário de um supermercado da cidade, jogava farelo de pão para os pombos na Torquato de Almeida. Ele confirmou que realiza esta prática sempre que pode e leva os pães de casa para oferecer às aves.
Glauber não está sozinho nessa. Frequentadores da praça e trabalhadores do entorno contam que outras pessoas também passam por lá com frequência para jogar milho, ração e até restos de comida para os pombos. Este comportamento divide opiniões. De um lado, o carinho pelos animais e a admiração pela beleza deles e do outro, o medo da contaminação pelos fungos.
De acordo com as autoridades de saúde, os fungos presentes nas fezes dos pombos podem causar doenças como a Criptococose, Histoplasmose, Salmonelose e até a Meningite, que é uma inflamação das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.
Fotos Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM