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Avança o caso do aterro sanitário: Observatório Social apresenta recurso no MP

21/02/2025

O Observatório Social de Pará de Minas (OSB) já recorreu da decisão do Ministério Público da Comarca, em relação ao arquivamento da denúncia sobre o servidor público que cometeu irregularidades na Secretaria Municipal de Obras.

O Observatório apresentou vasta documentação, inclusive acompanhada da sindicância aberta pela Prefeitura de Pará de Minas, e esperava pela abertura de um inquérito civil diante dos documentos, testemunhos e da própria confissão do servidor denunciado.

Ocorre que o Ministério Público decidiu arquivar a denúncia, alegando ausência de elementos concretos, que indiquem dano ao erário público ou a configuração de ato de improbidade administrativa.

A promotoria também citou que o Supremo Tribunal Federal, em recentes decisões, tem reafirmado que irregularidades administrativas, quando desacompanhadas de má-fé, enriquecimento ilícito ou prejuízo concreto ao patrimônio público, não são suficientes para caracterizar atos de improbidade administrativa passíveis de sanção.

Na expectativa de mudar o curso dos fatos, o Observatório recorreu da decisão do MP. A manifestação contrária tem nove páginas e foi apresentada ontem. 

A entidade alega que é incontestável a necessidade de uma investigação aprofundada sobre os fatos, incluindo a forma como eram e ainda são realizadas a medição e a fiscalização dos contratos referentes ao uso do aterro sanitário.

O Observatório ressaltou que nos últimos quatro anos, a prefeitura desembolsou mais de R$88 milhões para as três empresas envolvidas com o servidor denunciado, evidenciando a relevância e o impacto desses contratos que exigem uma fiscalização rigorosa.

No texto, a entidade voltou a lamentar que, mesmo diante de tantas evidências, o Ministério Público nem chegou a requisitar os contratos que regulamentam a prestação desses serviços, deixando uma lacuna inaceitável na apuração.

E diante disso, o Observatório solicita a revisão do arquivamento, reforçando a necessidade de instauração de um inquérito para a devida apuração do caso, assim como a requisição de documentos e oitiva de testemunhas.

O Jornal da Manhã procurou a promotora Juliana Maria Ribeiro da Fonseca Salomão, responsável pela 1ª Promotoria da Comarca, recebendo a informação de seu assessor de que ela irá se posicionar somente na análise do recurso.

Foto: Arquivo Jornalismo/Rádio Santa Cruz FM




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