Na noite de domingo, a cerimônia do Oscar, nos Estados Unidos, foi o evento com maior participação brasileira na história. E não estamos falando apenas dos atores, atrizes e diretores, mas de toda a população que acompanhou a transmissão do evento.
Seja pela TV ou nos canais de streaming, os brasileiros torceram pelo filme “Ainda estou Aqui” e pela atriz Fernanda Torres, em casa, nas ruas, nos blocos de carnaval, nos bares e em todos os lugares.
Quando a atriz Penélope Cruz subiu ao palco e anunciou a vitória do drama brasileiro, na categoria ‘Melhor Filme Internacional’, o grito da torcida foi semelhante ao de uma final de copa do mundo.
O filme brasileiro concorria com “A Garota da Agulha”, da Polônia; “Emilia Pérez”, da França; “A Semente do Fruto Sagrado” de uma parceria entre Alemanha, França e Irã; e “Flow”; da Letônia.
Em seu discurso, ao receber o prêmio, o diretor Walter Sales dedicou a estatueta às duas Fernandas, Torres e Montenegro, e homenageou Eunice Paiva, como símbolo de resistência durante um período tão difícil no Brasil, como foi a ditadura militar.
Infelizmente Fernanda Torres não levou a estatueta de melhor atriz, mas comemorou com a equipe do filme o prêmio inédito para o país. Com uma postagem no Instagram, Fernanda disse: "Nós vamos sorrir. Sorriam", fazendo referência a uma das falas mais importantes do filme.
O ator Selton Melo também comemorou emocionado e em seu Instagram destacou a visibilidade para o cinema nacional dizendo “O filme honra a família Paiva e mais que isso: aumenta consideravelmente o interesse no nosso potente cinema brasileiro. Todos ganhamos hoje [...], celebrem muito, isso aqui é histórico!”
Importante lembrar que foi a primeira vitória do Brasil na categoria, mas foi sua quinta indicação. O país já concorreu com "O Pagador de Promessas" em 1963, "O Quatrilho" em 1996, "O Que É Isso, Companheiro?" em 1998 e "Central do Brasil" em 1999.
Foto: Reprodução Instagram Fernanda Torres