O imóvel da rua Maestro Espíndola, 363, no bairro Nossa Senhora das Graças, onde viveu Padre Libério Rodrigues Moreira a partir da década de 1960 está em processo de tombamento e pode se tornar o Museu de Padre Libério em Pará de Minas.
O processo foi iniciado a partir da reivindicação do vereador Vinícius Alves, que fez a solicitação ao Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio Cultural.
O sacerdote se mudou para lá em 1965, quando o imóvel foi adquirido graças a uma campanha de arrecadação realizada junto à comunidade. Ele viveu na com Teresinha de Freitas Mendonça, sua filha adotiva, e o marido dela, Rui Soares de Mendonça.
Com a porta sempre aberta, o local se tornou um ponto de encontro dos fieis onde Padre Libério, mesmo com a saúde comprometida, sempre fez questão de atender a todos com muito carinho e atenção.
A casa se tornou referência da passagem de Padre Libério por Pará de Minas, daí a importância da preservação do imóvel.
A presidente do Conselho Deliberativo Cultural, Cleysi Mara Pinto de Souza, falou sobre os pontos considerados para a abertura do processo de tombamento.
O prefeito Inácio Franco está entusiasmado com a ideia e destacou a importância da preservação da memória e da religiosidade.
Idealizador do projeto, o vereador Vinícius Alves confirmou que tem trabalhado para levantar os recursos necessários à compra do imóvel.
A secretária Cultura, Isabel Faria, lembrou que a casa de Padre Libério será o 21º imóvel tombado pelo Patrimônio de Pará de Minas, sendo o primeiro residencial, e destacou a importância deste momento.
O processo de tombamento ainda está em andamento. O primeiro passo foi a notificação ao proprietário do imóvel, que tem até a próxima segunda-feira (10) para fazer a contestação.
A partir daí o Conselho Deliberativo Cultural ratifica o tombamento, repassando o processo ao prefeito para que ele publique o decreto. Em seguida, será realizada a análise histórica e cultual do imóvel, para elaboração de um dossiê.
Com o imóvel já tombado, o dossiê será enviado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA), para que o bem seja integrado ao rol dos bens tombados do município.
Fotos: Assessoria de Comunicação @prefeituraparademinas