O bolso vazio foi o argumento que 19 motoristas terceirizados da Secretaria Municipal de Saúde usaram, ontem à tarde, para anunciar uma nova paralisação.
O problema é o de sempre. Atraso nos pagamentos desde o último trimestre de 2024. Eles alegaram que não aguentam mais prestar serviços sem receber, e que estão totalmente endividados.
Segundo informações de Edson Jorge da Silva, um dos líderes da categoria, tem motorista com mais de R$80 mil de atraso. A paralisação também foi anunciada em sinal de protesto à falta de informações.
Os motoristas aguardaram posicionamentos da Prefeitura de Pará de Minas e da empresa terceirizada – no caso, a Avante – mas não conseguiram. Revoltados, eles fizeram uma manifestação na porta da UPA 24H, no bairro Senador Valadares. Sobraram críticas para todos os lados:
Edson Silva também reagiu contra o que classificou de jogo de empurra no cenário político:
Outro motorista revoltado era Ernane Aparecido que chegou à exaustão de tanto trabalhar. Como o pagamento da terceirizada quase não chega, ele passou a acumular a função de motorista de uber, encarando o trânsito dia a noite:
O Jornal da Manhã entrou em contato com o vice-prefeito, Luiz Lima. Em princípio, ele se mostrou até surpreso com a paralisação dos motoristas, uma vez que, a exceção dos débitos de 2024, a prefeitura já não deve mais nada a eles.
Luiz Lima informou que, ontem mesmo, foram liberados os últimos pagamentos e como o dinheiro caiu no caixa das terceirizadas, que são responsáveis pela contratação deles, o repasse já deve estar acontecendo.
O vice-prefeito voltou a dizer que a atual gestão tem se empenhado muito para a quitação total das dívidas herdadas.
Sobre os atrasados das terceirizadas da saúde, referentes ao último trimestre de 2024, o assunto será discutido na próxima semana, durante reunião com o representante das empresas. A prefeitura vai propor um acordo de parcelamento da dívida. O Jornal da Manhã aguarda um posicionamento da empresa.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM