Uma novidade no setor farmacêutico, que já começa a gerar polêmica, é a resolução publicada pelo Conselho Federal de Farmácia autorizando farmacêuticos a prescrever medicamentos, incluindo aqueles que exigem receita médica. A nova norma passa a valer no mês que vem. A medida gerou reação de associações médicas, questionando a capacitação dos farmacêuticos para a função.
Elas afirmam que o tema será alvo de processos judiciais. Os médicos alegam que a formação do farmacêutico não tem as disciplinas que existem no curso de medicina, como o exame clínico e a interpretação dos exames.
Entre outros pontos, a resolução permite também que o farmacêutico renove prescrições previamente emitidas por outros profissionais de saúde legalmente habilitados. E eles também passam a ter direito de fazer exame físico de sinais e sintomas, além de interpretar exames para avaliação da efetividade do tratamento.
Mudanças na Farmácia Popular
As mudanças no programa Farmácia Popular, em vigor já há algumas semanas, ainda não foram totalmente entendidas por uma grande parcela da população. O governo federal ampliou para 41 o número de itens gratuitos, entre remédios, fraldas e absorventes. Antes, somente medicamentos contra diabetes, hipertensão, asma, osteoporose e anticoncepcionais eram distribuídos de forma gratuita.
Os outros remédios e insumos tinham 90% de financiamento do Ministério da Saúde e o cidadão pagava somente os 10% restantes. Agora, todos eles são entregues sem nenhum ônus. Também mudou o procedimento para a retirada de alguns itens e esta exigência é que está deixando as pessoas confusas.
O proprietário da Rede Inova, Clifford Resende, falou conosco. É uma das credenciadas do programa Farmácia Popular, com sede no bairro Recanto da Lagoa.
Já em relação aos absorventes, o farmacêutico deixa claro que apenas as mulheres inscritas no CadÚnico podem fazer a retirada, mediante apresentação de documento de identidade. Outra novidade que chamou atenção no processo de ampliação do programa foi a disponibilização do medicamento Forxiga, que é prescrito para o controle do diabetes. É preciso ficar atento à prescrição médica e ao número de cápsulas que podem ser liberadas em cada retirada.
A liberação do Forxiga representa uma grande economia para os diabéticos que fazem uso diário dele. É que pelo programa Farmácia Popular a caixa do medicamento, com 30 comprimidos, é comercializada entre R$170 e R$230,00.
