Por diversas vezes, o Jornal da Manhã apresentou reportagens sobre o desaparecimento da mão de obra no país, problema que afeta praticamente todos os setores do mercado. O déficit se revelou no comércio varejista, ficando maior nos supermercados devido ao fato deles funcionarem também aos fins de semana e feriados.
Logo depois, a crise da falta de mão de obra ficou mais acentuada no setor de transportes, com o desaparecimento dos motoristas e o desinteresse das novas gerações pela profissão. E agora, outro segmento que está sofrendo muito com o desaparecimento dos trabalhadores é o têxtil. As listas publicadas pelas empresas e a entidade que representa a classe são cada vez maiores, com vagas abertas todas as fábricas de Pará de Minas.
O presidente do sindicato, Neuler Ribeiro, confirma os prejuízos causados pela falta de mão de obra. Em algumas cidades brasileiras, têm empresas sendo fechadas por causa disso:
Neuler Ribeiro confirma vagas para diversas funções na Santanense, na DTX e também na Coopertêxtil. A lista completa está afixada na portaria do sindicato, na rua Benedito Valadares, ao lado da agencia do INSS.
Alguns empresários culpam a política assistencialista do governo federal, com seus programas de transferência de renda, acreditando que as pessoas se acostumaram a sobreviver com o dinheiro dos benefícios, principalmente o Bolsa Família.
Mas os especialistas têm outra opinião, enxergando que os trabalhadores estão mais atentos à valorização de suas profissões e querendo carga horária mais humanizada. Entre as possíveis soluções para o problema estariam a conscientização e o investimento em capacitação para o mercado de trabalho, a valorização dos trabalhadores e a criação de atrativos para que eles voltem a sentir interesse em ocupar as vagas.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
