Um assunto cheio de tabus e traumas, mas que precisa ser falado a fim de incentivar as pessoas a buscar ajuda – o número de tentativas e de suicídios está aumentando muito em todo o mundo e, lamentavelmente, Pará de Minas não está fora desta estatística.
Dados da Organização Mundial de Saúde dão conta de que um milhão de pessoas se suicida por ano, o que dá uma média de 16 mortes para cada 100 mil habitantes, ou um suicídio a cada 40 segundos.
A maioria das pessoas que pensam, tentam ou cometem o suicídio, escolheriam outra forma de solucionar os seus problemas se não estivessem vivendo a angústia que os deixa incapacitados de avaliar suas opções.
E o problema é mais sério entre os homens, segundo mostram as estatísticas. Como são mais resistentes em buscar ajuda, tiram a própria vida com mais facilidade que as mulheres.
Essa situação se repete em Pará de Minas, segundo dados apresentados ao Jornal da Manhã pelo Setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde.
Da série histórica de 2014 a 2024, o suicídio entre homens foi bem maior que o das mulheres. O gráfico mostra os seguintes números.
2014= 3 homens e 2 mulheres
2015= 8 homens e 4 mulheres
2016 = 2 homens e 1 mulher
2017= 12 homens e 3 mulheres
2018= 5 homens
2019= 8 homens e 2 mulheres
2020= 7 homens e 1 mulher
2021= 15 homens e 2 mulheres
2022= 9 homens e 3 mulheres
2023= 15 homens e 1 mulher
2024= 17 homens e 3 mulheres (esse foi o maior número de autoextermínio)
2025= já são 5 óbitos desta natureza, todos cometidos por homens.
A maioria das pessoas que se suicidam, dão pistas e sinais de aviso, acontece que os familiares não percebem ou ficam sem agir por não saber como responder. Os exemplos de sinais de alerta começam pelo fato de a pessoa se tornar depressiva e melancólica, apresentando uma grande tristeza, pessimismo e chorando sistematicamente. A prevenção não é trabalho só para terapeutas e psiquiatras, é dever social de cidadão. Dialogar sobre o assunto ajuda bastante, abrindo canais de empatia.
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