Nos últimos meses, o brasileiro passou a fazer menos refeições fora de casa, além de buscar cada vez mais economizar nas compras. Apesar do aumento real do salário mínimo, o poder de compra tem diminuído.
Em meio a aceleração dos preços, à medida que o custo de vida fica mais caro, a população reavalia sua capacidade de compra e coloca o pé no freio do consumo, principalmente as classes D e E.
Esse cenário vem se desenhando em contrapartida ao que foi observado em 2024, quando as pessoas começaram o ano enchendo o carrinho no supermercado. Nesse período, não só se comprou mais, como também houve a ampliação do acesso a mais categorias de produtos.
Agora, em 2025, a situação mudou e o consumidor está sendo chamado de equilibrista, porque tem que fazer escolhas com o objetivo de balancear os gastos.
Nossa reportagem foi às ruas para entender a situação dos paraminenses e as dificuldades têm afetando tanto compradores quanto vendedores, que tem que se virar para conseguirem se manter. De acordo com Valéria Torres, o maior expoente desses problemas é o fechamento de vários pontos.
E o maior vilão tem sido mesmo o supermercado. De acordo com Aline Lemes, para driblar a situação, a solução é mesmo reduzir na hora das compras.
E as perspectivas de melhora continuam desanimadoras. A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia em 2025 foi reduzida, de acordo com dados do Boletim Focus. A estimativa caiu de 1,98% para 1,97%.
Já a inflação para 2025 foi mantida em 5,65%. A expectativa para 2025 está bem acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central, de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior seria 1,5% e o superior 4,5%.
Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa Reprodução Alexas_Fotos (pixabay.com)