O Vaticano anunciou que o funeral do papa Francisco será no próximo sábado (26), às 5h (no horário de Brasília) e 10h no horário local de Roma. A data e outros detalhes foram decididos durante reunião de cardeais.
Haverá celebração da Santa Missa Exequial na Basílica de São Pedro, em cerimônia presidida pelo cardeal Giovanni Battista. Em seguida, o corpo do pontífice seguirá em procissão até a Basílica de Santa de Santa Maria Maggiore, onde será sepultado.
O funeral não será parecido com os dos antecessores, principalmente porque ele mesmo aprovou as novas regras sobre como os pontífices católicos deveriam ser enterrados.
Desde sua nomeação em março de 2013, Francisco tem procurado impor a ideia de uma Igreja "pobre e para os pobres", com gestos de simplicidade, como não morar no apartamento privado, mas em um quarto na residência Santa Marta.
E isso também se reflete na maneira como seu enterro está organizado atualmente. No ano passado ele deu novas diretrizes sobre como os funerais dos chefes da Igreja Católica deveriam ser realizados.
A ideia principal, segundo o documento, é simplificar e adaptar alguns ritos para "mostrar que o funeral do pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo, e não o de um poderoso deste mundo". Aliás, para muitos especialistas, esse é o principal objetivo das mudanças aprovadas por Francisco.
De todas as mudanças implementadas por Francisco, talvez a mais notável tenha sido a eliminação do uso de três caixões, substituindo todos por apenas um. Tradicionalmente, os pontífices eram enterrados em três caixões: um de cipreste, um de chumbo e um de carvalho, que se encaixavam um no outro.
A justificativa para o uso de três caixões foi criar uma cobertura hermética ao redor do corpo do Sumo Pontífice, além do simbolismo de cada material. Francisco, por outro lado, será enterrado em um único caixão. No seu caso, será um simples caixão de madeira revestido com zinco.
Repercussão mundial
A morte do Papa Francisco repercute fortemente, mostrando com muita clareza a grande admiração que o mundo tinha por ele. Humildade, devoção, popularidade e fé são as palavras que mais representam sua vida dedicada a Deus.
Na Diocese de Divinópolis, o Bispo Dom Geovane Luís da Silva publicou um comunicado, dizendo que o Papa Francisco não partiu em silêncio e sim deixando um eco de amor, humildade e coragem que ainda ressoa no coração do mundo.
O comunicado também ressaltou que o Papa Francisco ensinou quer o verdadeiro amor está em servir. Em um tempo de muros, ele construiu pontes. Em um tempo de ruídos, ele falou com o coração. Em um tempo de pressa, ele parou para escutar. Francisco foi farol em noites escuras, bálsamo em tempos de dor, esperança viva em meio às tempestades.
Ao final, o texto trouxe esta mensagem: “Hoje o mundo se despede de um pastor que cheirava a ovelhas, de um líder que não se colocou acima, mas ao lado. Um homem que não teve medo de ser humano, e que, por isso, tocou o divino em tantos de nós”.
Dom Geovane também gravou mensagem para o Jornal da Manhã:
O diretor das rádios Santa Cruz e Stilo, Padre Geraldo Gabriel de Bessa também se manifestou, lembrando que a morte do Papa Francisco representa um grande prejuízo para a Igreja Católica:
O corpo do Papa Francisco já está sendo velado na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano. Já amanhã, às 9h (horário de Roma), o corpo será trasladado até a Basílica de São Pedro.
Os cardeais brasileiros embarcam hoje para Roma para participar da escolha do próximo Papa através de um processo de votação sigiloso, conhecido como conclave. Segundo a CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, os primeiros a embarcar são Dom Orani Tempesta e Dom Jaime Spengler.
O Conclave tem 135 cardeais com menos de 80 anos aptos a participar da eleição, membros do Colégio. Dentre eles, sete são brasileiros.
Fotos: Diocese de Divinópolis e Reprodução Youtube Vatican News