O grande número de motoristas utilizando rebite nas estradas de Minas Gerais tem preocupado as autoridades de segurança pública. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, as apreensões nas rodovias que cortam o Estado dispararam 315% no último ano.
Quase 7.600 comprimidos foram recolhidos pelos agentes em 2024, sendo o maior número de apreensões dos últimos cinco anos. E apenas no primeiro trimestre de 2025, já foram encontradas mais de 900 pílulas, sendo que a maior parte da droga sintética estava com motoristas de veículos de carga.
O rebite é uma droga psicoativa, chamada de anfetaminas, que estimula o sistema nervoso central e provoca a impressão de redução da fadiga. Muitos caminhoneiros insistem no uso dele para aumentar a produtividade
O assunto já chegou ao Sindicato dos Motoristas de Pará de Minas, onde o presidente Francisco Ferreira Borges, alertou sobre os riscos de acidentes graves nas estradas.
Para Francisco Borges a solução pode ser simples: basta um toque de recolher para os caminhoneiros.
O uso de grandes quantidades de rebite, aliado a frequência com que essa substância é consumida cria dependência da anfetamina. O consumo cria uma mistura de sensações no cérebro e, com isso, os reflexos são prejudicados, causando a maioria dos acidentes nas vias.
Muitas vezes o consumo da droga está associado à condução em excesso de velocidade, perda do controle do veículo, colisões, direção agressiva e desatenta, além de execução de manobras de alto risco.
A PRF alerta que dirigir sob a influência de “rebites” é infração gravíssima de trânsito, de acordo com o Art. 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e pode colocar em risco a vida do motorista e de outras pessoas.
Foto: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM