Assim como quase todo o território mineiro, Pará de Minas está enfrentando sérias dificuldades nos atendimentos das doenças respiratórias. O cenário motivou, inclusive, a publicação de um decreto reconhecendo situação de emergência em saúde pública no município.
Somente neste mês de maio já foram mais de 500 atendimentos desta natureza na rede pública de saúde e a tendência é de aumentar, tendo em vista que estamos apenas no início do outono.
Diante da situação, o Jornal da Manhã conversou com o médico Davi Laurindo, diretor técnico da UPA, e ele deu importantes orientações sobre o assunto. A primeira delas é deixar o ar circular nos ambientes domiciliares, dificultando a transmissão do vírus.
Ele também confirmou que os problemas causados pela bronquiolite afetam mais as crianças, especialmente aquelas que têm a saúde fragilizada:
O médico também falou dos sinais que devem ser observados pelos pais:
E em meio à incerteza dos pais se devem vacinar os filhos contra a gripe numa situação dessas, o médico deu o seguinte aconselhamento:
Com a iniciativa da Prefeitura de Pará de Minas, subiu para 15 o número de municípios que decretaram emergência em saúde pública em Minas Gerais.
O estado enfrenta uma alta significativa de quadros desta natureza. Nas últimas semanas, as internações pediátricas registraram um crescimento acelerado, assim como a demanda por leitos de UTI e enfermarias.
Divinópolis transfere pacientes para outras cidades
O município de Divinópolis é um dos que apresentam maior número de casos graves relacionados às síndromes gripais e enfrenta dificuldade com a falta de leitos. Equipes do Samu e do Batalhão de Operações Aéreas têm trabalhado de forma integrada na transferência de crianças com bronquiolite.
Dois meninos que estavam internados na UPA Padre Roberto Cordeiro Martins já foram transferidos para os hospitais de Governador Valadares e Timóteo.
A UPA de Divinópolis está superlotada e a prefeitura precisou fazer uma parceria com o Complexo de Saúde São João de Deus para ampliar, de forma emergencial, a capacidade de internação pediátrica no município.
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