Enquanto a ‘febre’ dos bebês reborn toma conta do país, retratada através de notícias e publicações diárias que, cada vez mais assustam a sociedade, os abrigos continuam cheios de menores à espera de adoção.
Essas instituições recebem bebês, crianças e adolescentes que não podem viver com as famílias, por alguma questão de violência e outros riscos, ou foram abandonados por elas.
Atualmente o abrigo de Pará de Minas, cujo endereço não pode ser divulgado publicamente, devido às normas de segurança, está com quatro menores para adoção. São dois bebês, uma criança de 5 anos e uma adolescente. Um dos bebês. Inclusive, está hospitalizado, devido a questões de saúde.
O coordenador da entidade é o advogado Renato dos Santos Pinto e ele segue à risca as normas da Vara da Infância e da Juventude. O abrigo também mantém parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, que tem auxiliado com certas doações.
Assustado com tanto interesse diante dos reborn, Renato pede às pessoas que deixem de se preocupar com bonecos de borracha e passem a se interessar por gente de verdade:
O passo a passo para a adoção de uma criança que vive em abrigos assim começa com o cadastramento:
Segundo Renato, grande parte dos casos de adoção têm resultado em muita felicidade por parte dos menores e, principalmente, das famílias.
E para fechar a matéria, uma informação que vem do Rio de Janeiro. O prefeito Eduardo Paes vetou integralmente o projeto de lei, aprovado na Câmara Municipal, que criava o Dia da Cegonha Reborn.
De autoria do vereador Vitor Hugo, o projeto propunha uma homenagem anual, sempre no mês de setembro, para as artesãs que criam bonecas super-realistas. No entendimento dele, essas bonecas são usadas em terapias e trabalhos de recuperação de mulheres com depressão.
Ao justificar o veto total ao projeto, o prefeito escreveu: “Com todo respeito aos interessados, mas não dá”.
Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa reprodução (pixabay.com)
