A escalada de tensões entre Irã e Israel tem gerado preocupação não apenas no cenário político, mas também na economia global.
O confronto entre os dois países acende um alerta no mercado internacional, especialmente por envolver uma das regiões mais estratégicas do mundo: o Oriente Médio, responsável por grande parte da produção e exportação de petróleo.
Qualquer ameaça de guerra em larga escala entre os países afeta diretamente o preço do barril de petróleo, que reage de forma imediata diante do risco de interrupções no fornecimento.
A alta no preço provoca um efeito dominó: o combustível mais caro impacta o transporte, a produção industrial, os alimentos e a inflação em diversos países. O conflito também aumenta a aversão ao risco no mercado financeiro.
Investidores buscam ativos mais seguros, como ouro e dólar, o que leva à desvalorização de moedas emergentes e à instabilidade das bolsas de valores. Em consequência, o crédito internacional fica mais caro, dificultando o crescimento de economias em desenvolvimento.
Em conversa com o economista, Afrânio Viana, ele destacou os riscos que a economia brasileira também pode sofrer neste cenário de guerra.
Afrânio destacou ainda que, com as tensões que envolvem também o petróleo, os produtos e serviço podem ter uma alta nos valores:
A situação agrava um cenário que já era desafiador desde a pandemia e a guerra na Ucrânia. Com inflação elevada em várias partes do mundo e bancos centrais adotando políticas monetárias rígidas, o conflito no Oriente Médio adiciona mais um fator de incerteza e tensão econômica global.