A interdição de alguns postos de combustíveis em Belo Horizonte e outras cidades mineiras, por comercialização de produtos adulterados, voltou a colocar em pauta as irregularidades do setor.
Segundo apuração de entidades especializadas, os estabelecimentos vendiam produtos com vício de qualidade, decorrente da adição de solventes à composição. A interdição dos postos foi feita em ação do Procon, em parceria com a Polícia Militar.
A medida foi tomada após a análise técnica de amostras de combustíveis recolhidas e encaminhadas ao Laboratório de Ensaios de Combustíveis da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O resultado comprovou que a grave afronta aos direitos do consumidor, gerando prejuízos como danos ao motor, perda de desempenho do veículo, aumento do consumo de combustível, risco à segurança e impacto ambiental.
Como o risco de adulteração existe em qualquer município, os consumidores têm perguntado se o Procon de Pará de Minas pretende fazer uma inspeção semelhante à da capital, para validar a qualidade do combustível por aqui.
O coordenador do órgão respondeu que não. Segundo Bruno Souza, a atuação do Procon varia de acordo com a realidade dos municípios:
No entanto, Bruno Souza alerta os consumidores sobre a necessidade deles ficarem atentos aos indícios de fraude:
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo em Minas Gerais (Minaspetro) lamenta a adulteração, mas confirma que o setor vem sendo explorado por facções criminosas no país.
Segundo a entidade, já é sabido que o crime organizado está entranhado no mercado de combustíveis, levando à falência os revendedores que tentam concorrer em pé de igualdade com criminosos que se utilizam de práticas ilegais.
O Minaspetro já lançou uma campanha alertando os consumidores sobre fraudes e preços praticados muito abaixo do mercado.
Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM