O anúncio da nova tarifação de 50% sobre todas as exportações brasileiras aos Estados Unidos, feito pelo presidente americano Donald Trump, vem causando muita insegurança no mercado.
A medida, que começa a valer em 1º de agosto, pode afetar diretamente a competitividade de diversos produtos nacionais, como carnes, sucos, café, aço e alumínio, muitos deles com grande peso na balança comercial entre os dois países.
O temor é de que uma guerra de tarifas afaste investimentos e provoque retração em setores estratégicos da indústria. Além disso, o Brasil sinalizou que pode aplicar medidas de reciprocidade, acirrando ainda mais o clima entre os dois países.
O Jornal da Manhã conversou com o economista Eduardo Leite e ele confirmou que a principal dificuldade está na insegurança gerada. Ele admite que o momento exige cautela e diálogo técnico, sem politização do assunto, para evitar prejuízos nas negociações.
Eduardo Leite também defende que o Brasil se apoie em dados e argumentos econômicos na tentativa de reverter a decisão.
Estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que lideram as exportações para os EUA, já sentem os primeiros reflexos da tensão comercial. Uma ruptura no fluxo comercial pode representar perdas bilionárias, comprometendo a estabilidade de diversos setores da economia.