Conforme o JM antecipou, a Siderúrgica Alterosa se pronunciou sobre os últimos acontecimentos referentes ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobretaxando em 50% os produtos brasileiros, e também quanto à lista de isenções que inclui o ferro-gusa.
Com grande parcela da produção destinada à exportação, sobretudo para o país norte americano, a Siderúrgica Alterosa já vinha monitorando o mercado desde os primeiros anúncios do tarifaço pelo presidente Trump, em meados de junho.
E mesmo agora, com as isenções, muitos setores da economia enfrentam um cenário de incerteza e instabilidade, aguardando a possibilidade de novas alterações até que a medida entre em vigor no próximo dia 6 de agosto.
O diretor de Comunicação e Exportação do Grupo Alterosa, André Paiva, conversou com o Jornal da Manhã, explicando que embora a isenção do ferro-gusa traga certo alívio, o cenário continua sendo de incerteza, dado ao tom político das decisões norte-americanas.
Apesar das incertezas, André informou que diferente de outros segmentos e até mesmo das siderúrgicas que desligaram os fornos e deram férias coletivas aos funcionários, a Alterosa sequer chegou a cogitar a paralisação na produção. Segundo ele, a estratégia tem sido a diversificação de mercado, para manter o ritmo de produção:
É claro que este conflito comercial gera impactos, e a isenção do gusa deve ser comemorada, afinal, segundo o diretor, metade da produção da Alterosa é vendida para os Estados Unidos que, já há algum tempo, se mantém como principal mercado.
Mas isso não significa que a siderurgia tenha vivido um bom momento nos últimos anos:
André Paiva também explicou que a fatia do mercado direcionada aos Estados Unidos não é ideal, já a empresa sempre mira um mercado mais diversificado, sobretudo no continente europeu.
Além dos Estados Unidos, e do mercado interno, hoje o Grupo Alterosa também tem boa participação na Ásia, sobretudo na China, e alguns países da Europa, como Alemanha, Espanha e Itália. Em seguida aparecem México e Argentina, na América Latina.