Em meio à grave crise das queimadas, que têm castigado Pará de Minas e várias cidades do país, bombeiros estão à beira da exaustão diante de tantos incêndios. A situação piorou desde o início do mês, com o aumento deles. O tempo seco favorece a propagação das chamas que, na maioria das vezes, são criminosas.
Como os incêndios têm acontecido por todo lado, dificultando muito uma ação mais eficaz do Corpo de Bombeiros e das equipes especializadas, os órgãos de segurança estão reforçando a necessidade da população ficar atenta e denunciar ao menor sinal de suspeita.
Dias atrás, em Pará de Minas, um homem de 51 anos foi preso por suspeita de ter ateado fogo em um terreno baldio. Mas flagrantes assim são difíceis de acontecer, daí a importância das pessoas colaborarem.
Para o promotor de Justiça, Delano Azevedo, responsável pela área ambiental na Comarca de Pará de Minas, é praticamente impossível o poder público trabalhar sozinho.
Ele lamenta, por exemplo, o fato de que nos últimos anos, somente dez pessoas foram identificadas por cometer esse crime aqui. Em nível nacional, o número de incendiários identificados também é baixo – de 2024 para cá somente 314 pessoas foram indiciadas por atear fogo em florestas, plantações e áreas urbanas.
Doutor Delano trata a questão das queimadas como um assunto de extrema importância e que exige celeridade, fazendo um apelo urgente à comunidade:
O promotor informou que, tempos atrás, as forças de segurança de Pará de Minas chegaram a pensar na contratação de vigilantes, mas a ideia foi descartada:
O Ministério Público também já identificou que alguns dos incêndios registrados em Pará de Minas são provocados pelos próprios donos das terras, enquanto a grande maioria por quem sente prazer em ver o fogo se espalhando:
Provocar queimadas no Brasil é crime, com prescrição de penas de até quatro anos de reclusão. Ambientalistas defendem uma legislação mais rígida, de forma a inibir os incendiários.
