Uma situação que muitos ignoram e outros nem sabem, mas o fato é que Pará de Minas já registrou neste ano 328 atendimentos antirrábicos em humanos, a maioria deles causados por mordidas de cães suspeitos de estarem contaminados.
E embora a muito tempo não se tem notícia de registros de cães e gatos com o vírus da raiva no município, vale o alerta: ele continua circulando no Brasil, especialmente no ciclo silvestre, por meio dos morcegos.
A raiva é uma doença infecciosa viral grave, que acomete inclusive seres humanos, e tem letalidade de quase 100%. A transmissão ocorre pela saliva dos animais infectados, assim como por mordidas, arranhões ou lambidas.
Apesar de controlada, graças à vacinação, muitos tutores deixam de levar os animais para receber a dose anual contra a doença, acreditando que ela deixou de ser um risco. E é essa negligência que pode abrir portas para o retorno da raiva.
A médica veterinária Clara Mendes reforça que a vacinação é fundamental, mesmo para os animais que passam pouco tempo fora de casa. Cada dose aplicada representa uma barreira a mais contra a doença.
Ela também orienta que, em caso de mordida, arranhão ou lambida de um animal suspeito, a pessoa busque atendimento médico imediatamente para receber a assistência necessária.
A campanha de vacinação contra a raiva em Pará de Minas segue em ritmo intenso. Na zona rural as doses serão aplicadas até o dia 19 deste mês. Na área urbana, o imunizante estará disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) nos dias 27 de setembro e 4 de outubro.
Nesses dois dias, o vacimóvel também atenderá no Parque do Bariri. As comunidades de Ascensão, Tavares, Torneiros e Carioca também receberão a ação nos dias 27 de setembro e 4 de outubro. O cronograma completo pode ser acessado no Instagram da Secretaria de Saúde (@saudeparademinas_).
Foto: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM e ilustrativa Reproduição iSkyCreations (pixabay.com)