O debate sobre a procura por atestados médicos ganhou destaque em várias cidades brasileiras nessas últimas semanas. O motivo foi a declaração do prefeito de Cuiabá (MT), Abílio Brunini (PL), afirmando que a maior demanda nos atendimentos das segundas-feiras estaria relacionada à busca por documentos justificando faltas no trabalho ou em outros compromissos.
A situação reacendeu discussões sobre como lidar com a prática e quais medidas podem ser adotadas diante de tantos atestados. Vira e mexe o tema também pauta conversas no meio empresarial.
O assunto vem chamando atenção em Pará de Minas, inclusive o secretário municipal de Saúde, Gilberto Denoziro, falou sobre isso ao Jornal da Manhã. Ele confirmou que o aumento na procura por atestados médicos em determinados dias, especialmente no início da semana, não se deve a questões estruturais do sistema de saúde pública e sim a um comportamento classificado como ‘cultural’.
Mas será que limitar ou proibir a emissão de atestados resolveria o problema? O secretário diz que não, por se tratar de uma prática enraizada em parte da sociedade.
Na opinião de Denoziro, a melhor saída é conscientizar a população sobre o uso adequado dos serviços de saúde e reforçar a importância da responsabilidade individual nesse processo. A implementação das consultas por telemedicina também deve ajudar nesse cenário.
Ao comentar a realidade local, o secretário ressaltou que, embora exista uma diferença na procura por atestados nas segundas-feiras, ela não é tão grande quando comparada aos outros dias da semana.
Fotos: Prefeitura Municipal de Pará de Minas e Ilustrativa reprodução pixabay.com
