A declaração dada pelo prefeito Inácio Franco, de que a qualidade da saúde pública de Pará de Minas caiu nos últimos meses, possivelmente devido ao boicote de alguns servidores, continua repercutindo entre a categoria.
A insatisfação dos profissionais é grande, uma vez que eles se sentem injustiçados. Em vários órgãos de saúde os servidores têm se mostrado frustrados não apenas com a polêmica declaração, mas em relação às condições de trabalho.
Afirmando que o setor está sendo muito bem administrado pelo secretário Gilberto Denoziro, o prefeito anunciou que vai investigar a situação. Segundo ele, vários investimentos têm sido realizados nos últimos meses, mas as reclamações nos atendimentos são constantes.
O prefeito ameaçou penalizar os maus servidores, inclusive com demissões, caso fique comprovado que a população não está sendo bem atendida devido a um boicote. O Jornal da Manhã também tem recebido diversas manifestações de protesto.
Uma delas veio da servidora que vamos ouvir agora. Ela trabalha em uma das UBS’s da cidade. Sob anonimato, por medo de ser perseguida, ela declarou que a suspeita de boicote é um dos maiores insultos que a categoria já recebeu, afinal, a queda na qualidade do serviço é resultado dos cortes determinados pela gestão.
Falando em nome de vários servidores da área da saúde, ela considera a acusação uma grande falta de respeito:
A servidora também adverte que o funcionalismo público tem grande poder de decisão nas eleições:
E hoje os servidores públicos de nível elementar, que são aqueles que recebem menos que o salário mínimo, voltam a se manifestar na Câmara Municipal. A categoria não quer a aprovação do projeto de lei que eleva os salários para R$1.630,00. A luta da classe é por um salário entre R$1.700,00 e R$1.750,00.
