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Duas clínicas interditadas em Juatuba sem alvará e prontuário médico: também há denúncias de assédio e uso de remédio sem controle

30/09/2025

Duas clínicas de reabilitação foram interditadas na cidade de Juatuba. Pertencentes ao Grupo Fênix, elas funcionavam sem alvará e também não tinham autorização para atuar como instituições terapêuticas.

Segundo a Vigilância Sanitária do município, elas também não possuíam prontuários médicos e nem registros que comprovassem acompanhamento profissional dos pacientes. Há relatos, inclusive, de assédio, trabalho forçado e uso de medicação sem qualquer controle.

O secretário municipal de Saúde, Gustavo Lopes, informou também que nenhum documento médico ou multidisciplinar que indicasse atendimento especializado foi encontrado no local.

Além das irregularidades sanitárias, novos relatos reforçam as denúncias de maus-tratos. Uma ex-funcionária, que pediu para não ser identificada, contou que os internos eram obrigados a ingerir diversos medicamentos diariamente sem avaliação médica.

Segundo ela, eles tomavam cinco medicamentos de manhã, cinco à tarde e cinco à noite, sem que soubessem qual era o tipo de remédio que estavam tomando. Nos locais foram encontrados diversos medicamentos que eram usados para manter os pacientes sedados. 

Já um ex-paciente disse que, apesar de ter sido internado para tratamento, era obrigado a realizar serviços de pedreiro, pintura e manutenção sem qualquer remuneração.

No total, 46 pessoas foram resgatadas, a maioria homens com idades entre 18 e 71 anos. Parte dos pacientes foi encaminhada às famílias, e 18 foram levados para um abrigo provisório da prefeitura.

Com apoio médico e psicológico, alguns deles conseguiram se lembrar dos parentes que os levaram, mas seis continuam no abrigo, sem conseguir dar informação sobre familiares.

Oito pessoas, entre funcionários e o dono das unidades, foram presas em flagrante e podem responder por sequestro e cárcere privado. Seis delas foram liberadas após a prisão, mas todas seguem sob investigação. 

A Polícia Civil também apura crimes como maus-tratos, lesão corporal e uso de documentos falsos.

Em nota, a prefeitura informou que abriu processo administrativo sanitário contra o Grupo Fênix. A defesa do grupo Fênix declarou que não há nenhuma informação no sentido de que os internos estivessem na clínica contra sua vontade e que já está tomando as providências necessárias para o retorno das atividades.

Foto Iluistrativa: Polícia Civil (PCMG)



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