O uso de tecnologias modernas tem se tornado um importante aliado no combate à dengue, e em Pará de Minas, os drones passaram a integrar as estratégias da Vigilância em Saúde Ambiental.
A ferramenta é utilizada para o monitoramento aéreo de áreas de risco, possibilitando a identificação de locais com acúmulo de lixo, piscinas abandonadas, pneus e outros recipientes que podem servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.
O município foi contemplado no ano passado com um recurso financeiro destinado a esse tipo de atividade. Durante o voo, os drones registram imagens detalhadas, que posteriormente são compiladas em relatórios indicando os tipos de depósitos, o acúmulo de lixo e os locais com maior vulnerabilidade.
O método tem se mostrado eficiente para identificar situações que muitas vezes passam despercebidas no trabalho diário dos agentes, especialmente em imóveis fechados ou de difícil acesso, como terrenos grandes, casas alugadas e propriedades cujos donos não residem na cidade.
Na semana passada, por exemplo, o equipamento sobrevoou 310 hectares, incluindo regiões onde houve confirmação de casos de dengue sorotipo 4, o que possibilitou a adoção de ações rápidas para evitar surtos.
De acordo com o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, Douglas Duarte, um dos principais problemas detectados continua sendo o descarte irregular de lixo, que favorece a proliferação do mosquito.
A expectativa da Vigilância em Saúde é de que o uso dos drones se torne permanente, como parte do conjunto de estratégias de combate às endemias.
No entanto, Douglas reforça que o sucesso das ações, principalmente com a chegada do período chuvoso, depende também da participação da população, que deve receber os agentes de endemias, manter os quintais limpos e descartar corretamente o lixo. A adoção de hábitos simples pode reduzir em até 90% os criadouros do mosquito.
