Uns mais, outros menos. Mas o fato é que o comércio de bebidas em geral sentiu o impacto da retração nas vendas após os casos de intoxicação por metanol no Brasil. Bares, restaurantes e casas noturnas estão sentindo de perto a queda nas vendas. Em muitos estabelecimentos o consumo de bebida destilada caiu mais de 50%. Até a cerveja passou a ser menos vendida, nesses últimos dias, apesar do calorão.
A cada descoberta de fraude, os consumidores se mostram mais apreensivos. O comércio de Pará de Minas ainda não chegou a registrar queda expressiva no volume de vendas, mas admite que os pedidos diminuíram. Os comerciantes já esperavam por isso e consideram a precaução acertada, tendo em vista a gravidade da situação nacional, diante de tantos casos de intoxicação.
Proprietário de um bar no bairro São Cristovão, bastante frequentado por jovens, José Maria de Oliveira tem percebido a reação dos consumidores em geral:
José Maria não acredita que os comerciantes de Pará de Minas, em algum momento, tenham vendido bebida batizada. Mas ele vê a situação como um grande alerta para todo o varejo.
O governo federal, assim como os governos estaduais, têm tomado várias medidas de proteção ao consumidor e punição dos criminosos. O número de casos de intoxicação no país continua crescendo, mantendo o sinal de alerta.
As empresas também têm adotado estratégias de não se envolver com as falsificações. Uma delas foi o Mercado Livre que suspendeu os anúncios de bebidas alcoólicas destiladas, até que a situação de crise esteja melhor controlada nas esferas pública e privada.
O Mercado Livre afirmou que embora não tenha sido identificado nenhum caso relacionado em sua plataforma, segue comprometido em proporcionar um ambiente seguro para seus milhões de consumidores no país.
Foto: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM