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Retiradas da poupança crescem: aplicação perde para outros investimentos

13/10/2025

Muito conhecida e popular, a caderneta de poupança tem visto seu uso diminuir em todo o país, principalmente no último mês, reflexo de um cenário econômico marcado por juros elevados e maior conhecimento da população sobre outras formas de investimento. 

Dados divulgados pelo Banco Central mostram que, entre janeiro e setembro deste ano, os saques superaram os depósitos em mais de R$ 78 bilhões. A queda preocupa o setor financeiro, já que a poupança ainda é uma das principais fontes de recursos para o financiamento imobiliário no Brasil.

O economista Eduardo Leite explica que a redução no uso da poupança está diretamente relacionada à popularização de outras modalidades de investimento, especialmente as de renda fixa. 

Hoje, plataformas digitais, fintechs e bancos têm ampliado o alcance de produtos como certificados de depósito bancário (CDB) e Letra de Crédito Imobiliário (LCI), permitindo que mais pessoas diversifiquem seus investimentos. 

Ainda assim, o economista destaca que o perfil dos que permanecem fiéis à poupança, que veem nela uma alternativa segura e de fácil compreensão.

O cenário econômico atual também contribui para essa migração. Com a taxa básica de juros (Selic) mantida em 15% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas, as aplicações de renda fixa vem apresentando rentabilidade superior a 12% ao ano, o que supera a inflação acumulada e garante ganhos reais ao investidor. 

Para Eduardo Leite, enquanto a taxa de juros continuar alta e as incertezas fiscais e políticas permanecerem, a tendência é que os investidores busquem alternativas mais rentáveis do que a poupança.

Apesar de a poupança ainda ser vista como um investimento seguro e isento de impostos, o economista considera que o momento é favorável para quem deseja diversificar.

Ele ressalta que aplicar em produtos de renda fixa pode ser uma estratégia inteligente para quem quer preservar o poder de compra e aproveitar bons rendimentos. Enquanto isso, o consumo e a tomada de crédito continuam menos vantajosos devido aos juros elevados. 

Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa reprodução marcojean20 (pixabay.com)




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