O Sindicato dos Servidores Públicos de Pará de Minas reagiu mal em relação ao projeto de lei enviado à Câmara Municipal pela Prefeitura, propondo alterações no artigo 123 da lei que trata do Estatuto Público do Município.
De acordo com o texto, a partir de agora a Prefeitura pretende custear apenas a licença remunerada do dirigente do sindicato, não mais dos servidores filiados em outras entidades que continuam recebendo seus salários normalmente. Caso eles decidam por manter a filiação nas entidades fora daqui, perderão o direito à licença remunerada.
A sindicalista Tânia Valeriano Leite considera absurda a proposta. No entendimento dela, a Prefeitura quer fechar o sindicato diante das pressões dos últimos meses, em favor de uma remuneração digna para os trabalhadores.
Referindo-se ao estatuto como uma colcha de retalhos, Tânia afirmou que sem representatividade lá fora, em entidades de nível estadual e federal, o sindicato de Pará de Minas perde força e ele não tem como arcar com os salários dos representantes:
Tânia Leite informou que vai buscar apoio na Câmara Municipal, acreditando que os vereadores sairão em defesa dos trabalhadores, uma vez que a luta sindical é em favor da classe:
A secretária de Gestão Pública, Ana Paula Couto, foi procurada pelo Jornal da Manhã, mas indicou o secretário de Educação, Marcos Aurélio dos Santos, para falar do assunto.
Ele nega qualquer retaliação sobre o Sindicato dos Servidores, dizendo que compreende a luta pela classe. No entanto, segundo Marcos Aurélio, o município não pode continuar custeando salários de servidores filiados em outras entidades:
Diante disso, a Prefeitura se mantém irredutível em relação à suspensão dos salários dos servidores que estiverem à disposição de entidades não pertencentes ao município de Pará de Minas.