Manter a estrutura das residências em dia é essencial para evitar danos como os que foram registrados no centro de Pará de Minas durante o vendaval da última terça-feira (18), na praça Galba Veloso.
Especialistas alertam que telhados mal fixados ou sem manutenção podem ser arrancados com facilidade, quando há rajadas intensas de vento. A passagem do vento cria diferenças de pressão, comprometendo toda a estrutura se ela não estiver devidamente preparada.
O engenheiro civil Adilson Chaves, explica que esse tipo de ocorrência é comum, especialmente em edificações mais altas, que recebem cargas de vento maiores do que as demais.
É que quando o vento atravessa o ambiente, procurando uma maneira de sair, ele exerce pressão sobre o telhado por dentro, enquanto outra pressão atua por fora. O encontro dessas forças pode soltar a cobertura, principalmente se a estrutura estiver fragilizada.
Adilson dá dicas de como reduzir os riscos, garantindo segurança mínima e prevenindo acidentes.
Entre as principais recomendações estão a contratação de um engenheiro para acompanhamento das obras e reformas, assim como a manutenção preventiva, limpeza de telhados e calhas, além da garantia de mais de uma saída de água pluvial.
Entenda o caso
Na terça-feira, o telhado de um prédio localizado na praça Galba Veloso foi arrancado após um vendaval, por volta das 21h30. Parte da estrutura caiu na rua enquanto a outra parte atingiu a rede elétrica, derrubando placas de ferro sobre a fiação.
A área precisou ser isolada e o fornecimento de energia desligado, para permitir a retirada segura do material, em uma operação que se prolongou até a manhã de quarta-feira.
Moradores relataram momentos de tensão. Inês Marinho, que mora perto, disse que o barulho causado pelo vento e a queda do telhado assustaram muito quem estava na região:
O coordenador da Defesa Civil de Pará de Minas, Edson Cecílio da Silva, afirma que casos como esse tendem a aumentar, com a intensificação das chuvas de verão, reforçando a necessidade de prevenção e atenção às condições estruturais das edificações.
A estimativa da Defesa Civil é que esse vendaval tenha provocado ventos de 25 a 30 km/h, com rajadas próximas aos 45 km/h, motivo para o destelhamento do prédio.