As mudanças no mecanismo de contestação do Pix prometem fortalecer a segurança dos usuários diante de golpes e fraudes. A nova versão do Mecanismo Especial de Devolução (MED) já está valendo e passou a acompanhar o “caminho do dinheiro” em casos de transações indevidas.
A ferramenta, que antes rastreava apenas a conta inicial utilizada pelo fraudador, agora identifica todos os possíveis destinos para onde o dinheiro foi enviado. Embora o uso seja facultativo, nesta fase inicial, ele se tornará obrigatório para todas as instituições financeiras a partir de 2 de fevereiro de 2026, ampliando significativamente o alcance da proteção aos usuários.
O economista Afrânio Viana falou conosco, comentando o alcance da atualização que surge como resposta ao aumento dos golpes envolvendo transferências instantâneas.
A evolução foi criada justamente para enfrentar esse cenário, permitindo o rastreamento de todas as contas por onde o dinheiro passou e agilizando a recuperação do valor em até 11 dias após a contestação.
Além da ampliação do rastreamento, desde 1º de outubro os usuários contam com o “botão de contestação”, presente nos aplicativos das instituições financeiras. A ferramenta facilita o pedido de devolução, eliminando a necessidade de contato direto com atendentes e acelerando o bloqueio dos valores suspeitos.
Afrânio reforça que toda a análise do caso é feita pela instituição. A única tarefa do cliente é apresentar a contestação.
Para contestar uma transação, o usuário deve registrar o pedido em sua instituição financeira. A partir daí, o processo inicia uma sequência de verificações, bloqueios e possíveis estornos. Se confirmada a fraude, o valor deve ser devolvido em até 96 horas, integral ou parcialmente, com a possibilidade de novos bloqueios posteriores até que o montante total seja recuperado.
Foto: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM
