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Endividamento atinge milhões e já compromete a saúde mental dos brasileiros

02/12/2025

O endividamento continua sendo uma realidade dura para milhões de brasileiros e, além de mexer no bolso, tem afetado diretamente a saúde mental da população. Uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que quatro em cada dez brasileiros estão atualmente endividados. 

Para muitos, a previsão de alívio ainda parece distante: 37% acreditam que vão conseguir quitar os débitos até o fim do ano, enquanto 24% afirmam que ainda devem levar muito tempo para regularizar a situação. O peso dessa preocupação tem tirado o sono de várias famílias no país.

O uso constante de crédito também contribui para agravar o cenário. Mais de 60% dos entrevistados disseram recorrer com frequência a algum tipo de crédito, especialmente o cartão, seguido pelos empréstimos pessoais. 

Sem planejamento financeiro adequado, esse comportamento pode resultar em endividamento descontrolado, e quando o valor total não é pago na data correta, os juros altos fazem a dívida crescer ainda mais.

Para compreender como essa realidade afeta o bem-estar das pessoas, nossa reportagem conversou com Rayane Couto, coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Pará de Minas. 

Ela explica que a relação com o dinheiro atravessa muitos aspectos da vida cotidiana e que a ausência de liberdade mínima para gerir a própria vida financeira pode gerar impactos no corpo e nas relações interpessoais.

Outro ponto destacado por Rayane é que comportamentos de afastamento são muito comuns quando a pessoa está adoecida pelo endividamento. Ela reforça que é preciso ficar atento aos sinais e buscar ajuda quando o processo começa a comprometer a saúde emocional e social.

A especialista também orienta a fortalecer os vínculos e reconhecer que as relações são construídas no dia a dia. Em muitos casos, procurar alguém da família pode oferecer um primeiro apoio importante. Quando a pessoa está muito envolvida no problema, é difícil enxergar alternativas; por isso, alguém de fora pode ajudar a trazer direcionamentos.

Rayane também aponta caminhos para começar a sair desse ciclo de adoecimento. Entre as recomendações, está a reorganização de prioridades e a busca por uma vida mais equilibrada, o que inclui reconhecer o papel do trabalho na construção de autonomia financeira. 

A coordenadora lembra ainda da importância de procurar ajuda. Sempre há alguém próximo que pode ouvir, mas um profissional qualificado oferece uma escuta ativa, capaz de orientar caminhos com maior segurança e cuidado. 

Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa reprodução rdelarosa0 (pixabay.com)



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