Em meio aos protestos e às críticas crescentes em relação à saúde pública de Pará de Minas, uma nova determinação da Secretaria Municipal de Saúde tem ampliado a insatisfação de profissionais e usuários do Sistema Único de Saúde.
Trata-se do Ofício nº 1759/2025, enviado às unidades de Atenção Primária ontem (02). O documento estabelece que, a partir desta quarta-feira (03), cada médico poderá solicitar no máximo seis exames de sangue por paciente.
O Ofício, assinado pelo secretário municipal de Saúde, Gilberto Denoziro, afirma que a medida tem como objetivo “organizar o fluxo de solicitações de exames laboratoriais” e garantir “a utilização racional dos recursos públicos disponíveis”.
Em seu texto, a Secretaria determina que todos os profissionais da Atenção Primária cumpram imediatamente a regra, justificando que a padronização evitaria pedidos “desnecessários” e ajudaria a distribuir a oferta de exames entre todos os pacientes da rede.
O documento também explicita que a única exceção ao limite imposto são os exames solicitados para acompanhamento de pré-natal, que devem seguir rigorosamente o protocolo vigente. Nestes casos, o médico deverá incluir no pedido uma justificativa clínica.
A repercussão foi imediata. Nas redes sociais, internautas criticaram a medida, afirmando que a limitação representa mais um sinal da precarização do atendimento no município.
Muitos vereadores também se posicionaram contra a medida em suas redes sociais. Entre as manifestações políticas, Gustavo Duarte publicou um vídeo, que foi republicado por outros parlamentares, em que protesta contra o novo parâmetro e exige que a decisão seja revista.
Apesar das críticas, até a manhã de hoje a Prefeitura de Pará de Minas ainda não havia se pronunciado sobre a medida nem sobre a repercussão negativa causada após a divulgação do Ofício.