O acidente que resultou na morte de um homem em uma academia no estado de Pernambuco, voltou a acender o alerta para os riscos de praticar exercícios físicos sem orientação adequada. Ronald José Salvador Montenegro, de 55 anos, morreu após uma barra de supino cair sobre o tórax durante um treino na última segunda-feira (1º).
As imagens da câmera de segurança mostram o momento em que o equipamento escapa de suas mãos e atinge uma área extremamente sensível do corpo, conhecida como Zona de Ziedler, que envolve estruturas cardíacas e vasculares. Mesmo com mais de 30 anos de experiência na musculação, Ronald não resistiu aos ferimentos.
O caso, que chocou todo o país, reforça a importância de supervisão profissional, especialmente em exercícios livres, que exigem maior controle de movimento e consciência corporal.
Para Rafael de Oliveira Delfino, supervisor da Lipoqueima, o acidente demonstra o quanto a execução errada de um movimento pode ser fatal, mesmo para praticantes experientes.
Ele lembra que, em academias, convivem alunos com diferentes níveis e cabe ao professor de educação física estar atento à necessidade de cada um. Porém, segundo o profissional, é justamente entre os mais experientes que surgem riscos maiores, já que muitos se sentem confiantes para treinar sozinhos.
Rafael destaca ainda que a resistência de alguns alunos em solicitar ajuda aumenta o perigo. Muitos acreditam dominar completamente a técnica e evitam chamar o professor na hora de ajustar a carga ou revisar a execução. Esse comportamento, segundo ele, pode levar a acidentes graves, especialmente em treinos de força.
O especialista ressalta que movimentos com pesos livres, como o supino com barra, exigem precisão e são ainda mais desafiadores sem acompanhamento. Com o tempo, o aluno até desenvolve consciência corporal, mas isso não elimina a necessidade de supervisão. Vale lembrar que uma boa orientação não só evita acidentes, mas também garante resultados mais seguros e eficientes para quem pratica atividade física.
