Depois de um fim de semana marcado por susto e preocupação com quedas de árvores, a atenção da população de Pará de Minas se voltou para o risco de novos acidentes semelhantes.
A queda de um ipê-amarelo de grande porte na Avenida Presidente Vargas, que atingiu pelo menos três veículos, reacendeu o debate sobre a arborização urbana e a segurança em áreas de grande circulação.
De acordo com o viveirista do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Milton Santana, o episódio evidenciou problemas no planejamento do plantio. Segundo ele, a árvore não era adequada para aquele local específico, o que comprometeu sua sustentação.
A falta de espaço para o desenvolvimento das raízes e as características do solo contribuíram para que o ipê tombasse com a força do vento.
Milton Santana também alertou para outros pontos da cidade que apresentam risco. Um dos casos envolve árvores de grande porte em frente à Praça de Esportes, com raízes expostas, que podem cair em caso de ventos fortes.
Outro local de atenção é a área do Campo do Paraense, próximo ao Ribeirão Paciência, onde há risco de queda de árvores dentro do leito do ribeirão, podendo provocar transtornos ambientais e estruturais.
O especialista reforçou que o cuidado com a arborização urbana começa antes mesmo do plantio, com a preparação adequada do solo e a escolha correta das espécies para cada espaço.
Segundo Milton, investir em planejamento e manejo adequado da arborização é essencial, seja para as áreas públicas da cidade ou mesmo para o plantio em casa.
O viveirista ainda destacou a importância de mapear árvores com risco de queda, retirar aquelas já condenadas e realizar podas corretas em árvores grandes, reduzindo o peso e evitando acidentes, como forma de garantir uma cidade mais segura, funcional e, ao mesmo tempo, bem arborizada.