O segundo semestre em Pará de Minas foi marcado pelo aumento considerável no número de casos de Doença Diarreica Aguda (DDA). A análise dos dados epidemiológicos, realizada pela Secretaria Municipal de Saúde revelou que, foram cerca de 10 surtos por semana, totalizando mais de 8500 casos notificados no período.
Diante desse cenário, várias medidas foram adotadas com o objetivo de fortalecer a resposta dos serviços de saúde e atender os pacientes em todos os bairros da cidade.
Além disso, a Vigilância Ambiental realizou coletas e análises de amostras de água nos principais poços artesianos do município, onde foi observado maior número de casos, bem como em nascentes utilizadas pela população para consumo humano e uso doméstico.
E foi com base nestas análises que foi determinada a interdição dos pontos de retirada de água, nos bairros Raquel, São Cristóvão e Padre Libério, considerados inadequados para o consumo. A medida polêmica provocou reclamações em toda a cidade, mas apesar de impopular, a decisão da pasta foi acertada.
Passadas algumas semanas, a Secretaria de Saúde notou a redução significativa no número de casos de diarreia e na ocorrência de surtos. A avaliação é do secretário Municipal de Saúde, Gilberto Denoziro. Segundo ele, desde o fechamento dos poços, em novembro, até agora, os casos caíram de 300 até 95 que, segundo ele, é um número aceitável.
O diretor da Vigilância em Saúde de Pará de Minas, Adilson José Batista, garante que o monitoramento é constante, mas infelizmente os pontos de abastecimento seguem contaminados e sem previsão para liberação.
Adilson conta que algumas pessoas têm ignorado a sinalização proibitiva dos poços e estão reinstalando os canos e torneiras por conta própria para retirar água.
A Vigilância tem feito vistorias constantes para retirar novamente os canos. E o secretário de Saúde, Gilberto Denoziro, que também é médico, alerta para os riscos de se consumir água contaminada.
Em além dos três poços interditados, Pará de Minas conta com outros pontos de abastecimento de água, que seguem funcionando, mas que também passam por análise laboratorial periodicamente.
