Após mais de 12 horas de julgamento, o réu José Romão de Moura Júnior, 39 anos, foi condenado a 14 anos de reclusão, em regime fechado. Elismar Figueiredo dos Santos foi absolvido. O julgamento foi presidido pelo Juiz Antônio Fortes Vilela, tendo como assessor Adilson Marzagão e dois oficiais de justiça.
O corpo de jurados foi composto de quatro homens e três mulheres. Os réus foram acusados de participar do assassinato do avicultor Benedito Ferreira do Amaral, na madrugada de 19 de Setembro de 2018, na granja Santa Luzia, no município de São Gonçalo do Pará.
Segundo a acusação, eles foram à residência da vítima com a intenção de furtar armas, mas acabaram matando o avicultor com uma pedrada na cabeça e mais de golpes de punhal.
O sobrinho do José Romão, menor de idade, prestou depoimento e assumiu o assassinato do fazendeiro, dizendo que estava na companhia do tio. Ele disse ainda que trabalhava para vítima que o tratava muito mal, com agressões verbais e humilhações, por isso resolveu matá-lo.
O corpo de jurados entendeu que o menor tentava inocentar o tio para protegê-lo e por isso se limitou a julgar os dois réus baseando-se somente nas denúncias contidas nos autos.
Elismar Figueiredo dos Santos foi absolvido, já que os jurados entenderam que ele apenas era o proprietário do punhal, mas não participou do crime. O defensor público José Walter Nogueira Soares, ficou satisfeito com o resultado e acredita que a justiça foi feita.
Já a advogada Ana Carolina disse que sua tese de defesa foi boa, já que a condenação não foi unânime e pretende recorrer da sentença e condenação de seu cliente José Romão de Moura Júnior.
Sobre o depoimento do menor que assumiu o crime, o juiz somente poderá pedir o acautelamento se houver uma denuncia formal. O Ministério Público ainda não se manifestou sobre o assunto.
