Cinquenta e quatro homens foram presos nesta quinta-feira (5) em todo o Estado suspeitos de envolvimento em casos de violência contra à mulher em dezenas de cidades de Minas Gerais. A ação faz parte da operação “Marias II”, deflagrada pela Polícia Civil em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março.
Em Belo Horizonte e região metropolitana foram 13 homens detidos. Outros mandados de prisão ainda serão cumpridos, mas, de acordo com a corporação, entre os envolvidos estão homens que cometeram ameaças, tentativas de feminicídio e feminicídio consumado, lesão corporal, estupro, importunação e que descumpriram medidas protetivas.
Ao todo, 34 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. Na capital, três armas foram apreendidas. “Armas essas que eram usadas para ameaçar as vítimas”, informou a delegada Isabella Franca, Chefe da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerâncias.
Ainda segundo a delegada, visitas são feitas às vítimas para verificar situação de momento de cada uma delas. “As visitas servem para verificar possíveis descumprimentos de medida protetiva. Verifica-se mulheres que já solicitaram medidas protetivas e foram encaminhadas para a Justiça.
Se elas informam possíveis descumprimentos a gente prioriza esses casos para verificar e, se for possível, prender o agressor em flagrante”, disse. Essa é a segunda fase da operação. A primeira foi realizada em novembro do ano passado em 108 municípios e finalizou com 83 prisões. “Marias” faz referência à Maria da Penha Maia Fernandes, vítima emblemática de violência doméstica, cujo nome deu foi atribuído à lei que combate à violência doméstica no Brasil.
De acordo com a delegada Isabela Franco, 770 policiais civis foram empenhados para a operação em todo o Estado. “O objetivo da Polícia Civil é fazer operações ao longo do ano, sempre voltadas para o combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, cumprindo mandados, fazendo essas visitas tranquilizadoras, com o objetivo sempre de tranquilizar a vítima, encorajá-la a procurar a polícia caso sofra algum tipo de violência e responsabilizar os agressores”, afirmou.
Fonte: O Tempo