A Polícia Militar de Pará de Minas apreendeu cerca de 20 toneladas de sabão em pó falsificados que eram embalados em uma fábrica clandestina no bairro Dom Bosco. A partir de denúncias de movimentação suspeita na rua Ângela Maria de Oliveira, 225, o setor de inteligência da 19ª Companhia Independente de Polícia Militar iniciou o monitoramento da área, e durante um mês acompanhou toda a movimentação no local.
Mas foi na manhã desta quarta-feira (15-06) que a PM acompanhou um caminhão, que saía do endereço citado, e conseguiu fazer a abordagem. Através do sistema Olho Vivo, os militares acompanharam o trajeto do caminhão e prepararam uma blitz próximo ao Terminal Rodoviário. Contudo, ao perceber a presença das viaturas, o motorista evadiu sentindo bairro Jardim das Piteiras, onde foi perseguido e abordado. Aos militares ele disse que teria entrado na cidade para consertar o caminhão e que a carga era transportada de outro lugar.
Após constatar a carga falsificada, a PM invadiu a fábrica no Dom Bosco e encontrou equipamentos que comprovaram a atividade criminosa e um grande volume de sabão. Segundo levantamento da perícia, havia 1 tonelada de sabão embalado e mais 7 toneladas que seriam embaladas, além das 12 toneladas que estavam no caminhão. Os produtos falsos usavam os nomes das marcas OMO e Brilhante.
Ainda durante a operação, militares receberam a informação de que o suposto proprietário da fábrica estaria indo para o local. As viaturas foram colocadas para dentro do galpão para que o suspeito não desconfiasse. Ele, no entanto, passou em frente ao local e não entrou, mas foi abordado poucos metros a frente por uma equipe do tático móvel.
Ele, juntamente com o motorista do caminhão e mais 7 pessoas, sendo 5 trabalhadores de Nova Serrana, e dois técnicos que faziam a manutenção das máquinas, foram presos. A identidade deles, assim como as idades, não foi divulgada. Nossa equipe também apurou que o proprietário da fábrica é de Nova Serrana.
À PM, os trabalhadores disseram que o sabão em pó vinha da Bahia e eles apenas embalavam o material, além de produzir as embalagens. Os suspeitos foram conduzidos para a Delegacia de Polícia Civil, que ficou responsável pelo prosseguimento do caso. Com relação ao material apreendido, ele ficará preso na fábrica até o recolhimento por parte da Unilever, responsável pela produção das marcas.
A Polícia Militar informou que ainda não há indícios de que haja uma relação entre a apreensão no bairro Dom Bosco e as ocorrências anteriores, próxima à rua Araxá e outra no bairro Senador Valadares. A Polícia Civil ficará responsável por esta investigação.
Fotos: Germano Santos/Rádio Santa Cruz FM