Continua repercutindo em Pará de Minas a apreensão de cerca de 20 toneladas de sabão em pó falsificadas, que eram embalados em uma fábrica clandestina no bairro Dom Bosco. A apreensão do material aconteceu na última quarta-feira, após uma operação da Polícia Militar e resultou, também, na prisão de nove pessoas.
Os produtos falsos usavam os nomes das marcas OMO e Brilhante. Segundo informações que os suspeitos repassaram aos militares, a fábrica era usada para embalar o sabão que chegava do estado da Bahia, além de produzir as embalagens. A empresa clandestina estava funcionando em um imóvel alugado na rua Ângela Maria de Oliveira, 225, no Dom Bosco, desde novembro do ano passado.
O portão de entrada era tampado com uma lona, para que as pessoas não pudessem observar o que acontecia dentro dos dois galpões. O local está fechado e o material ainda será recolhido pela Unilever, multinacional responsável pelas duas marcas de sabão em pó. O Tenente Marcelo Pereira, da Polícia Militar, contou detalhes ao Jornal da Manhã.
Ele abriu a entrevista informando que a apreensão do Dom Bosco não tem relação com outras ocorrências similares registradas recentemente em Pará de Minas.
O Jornal da Manhã também questionou se a PM tem indícios sobre o que estaria tornando Pará de Minas uma cidade atrativa para a instalação dessas fábricas clandestinas.
Ainda de acordo com o Tenente, a suspeita é que o material falsificado era revendido em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte e também no estado do Rio de Janeiro. O caso agora está sob a responsabilidade da Polícia Civil, que investigará se existem mais pessoas envolvidas na clandestinidade e se, de fato, não há relação entre as apreensões realizadas recentemente na cidade.