A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO/MG) deflagrou nesta terça-feira (11), a Operação Cafua, com o objetivo de investigar crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa praticados em Minas Gerais. Durante a operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Comarca de Belo Horizonte, nas cidades de Pará de Minas, Lagoa Santa e São José da Lapa.
Além disso, foram executados mandados judiciais para lacrar e suspender as atividades de 24 estabelecimentos comerciais e determinar a indisponibilidade de bens de 31 pessoas físicas e jurídicas, totalizando R$ 260 milhões em ativos bloqueados. A investigação revelou um esquema de lavagem de dinheiro proveniente de crimes, principalmente tráfico de drogas, operado pela organização criminosa em Minas Gerais. Ainda foram apreendidos um carro de luxo e uma aeronave.
O advogado Fernando Magalhães, um dos que defenderam Adélio Bispo, responsável pela facada no então candidato à Presidência do Brasil Jair Bolsonaro, foi um dos alvos desta operação. De acordo com as investigações, ele teria lucrado com empresas de fachada criadas para lavar dinheiro de crimes cometidos pelo PCC. Segundo a Polícia Federal, mais de 20 estabelecimentos fantasma faziam parte do esquema em Minas Gerais.
Em nota, Fernando Magalhães disse que repudia qualquer "Ilação e ou relação nossa com ditos criminosos. Importa ressaltar que todos os bens e valores indevidamente bloqueados estão devidamente registrados, declarados e são de pleno conhecimento do Fisco e a medida adotada é um evidente erro, criminalizando equivocadamente a advocacia".
Esta ação é um desdobramento da Operação Caixa Forte, iniciada em 2019, que visava combater o tráfico de drogas na região metropolitana de Belo Horizonte. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado é uma força-tarefa coordenada pela Polícia Federal e composta pela Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal, com o objetivo de atuar de forma conjunta e integrada no combate ao crime organizado e violento.
Foto: PF/Divulgação